quinta-feira, 17 de março de 2011

POESIA

CANÁRIO DA TERRA
 by Roner Braga Padilha em março 2011.
  
Uma pequena feixa de terra
É o palco da festa. Diária.
Os canários da terra amontoam-se
Na pequena cortina verde ali existente.
Geralmente na hora do almoço,
No verão.
Somem ciscando o chão
E ressurgem buscando sementes.
Mudam para os matinhos
Que crescem nas pedras da rua.
São mansos. São esbeltos.
Quando forma poços d’água,
Depois das chuvas...
É um calmante vê-los banhar-se.
Elegantes, estão sempre eretos.
Caminham “pata a pata”
E empreendem vôos curtos.
São coloridos.
Os machos são bem amarelos
E tem pinta vermelha na cabeça.
Adoram brigar com espelhos.
As fêmeas podem ser amarelas,
Com penas esverdeadas na asa.
O canto é afiado e limpo.
Do macho marcando território.