LINHAS ESPIRITUAIS
By Roner Braga Padilha
Novembro 2007-11-17
Com a gentileza de sempre, recebi do amigo e membro da Cadeira 34 da Academia Espírito-santense de Letras – Matuzalém Dias de Moura, o livro da Coleção Roberto Almada, em que, merecidamente, se faz um retrato virtual de Virgina Gasparini Tamanini, que ocupou, até 1990, a Cadeira 15 da AEL.
Meus respeitos a todos e à Autora, mas o “livrinho” me enfeitiçou. Paixão a primeira vista, pelo formato, títulos, cor, tamanho de letras e o conteúdo – ao final -, comparado por mim a uma monografia bem produzida, objetiva, certeira na sua finalidade. E, a simplicidade com que Matusalém, - responsável pelo estudo crítico -, foi ao ponto que a autora certamente gostaria de ver retratado ou de ler – “eu contei minha infância...”
Mas, voltando ao título que concedi a esta crônica, fui presenteado, a pedido meu, por necessidade espiritual, com vários livros de autores capixabas, pela generosidade de Matusalém. Um deles, foi CRONICAS, de José Moysés, 2001, uma parceria da Academia e o Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.
Pois lá, encontro Moysés falando (?) que era uma injustiça, Virginia Tamanini ainda não ser Acadêmica –p. 37. E às páginas 56, falando (?) sobre Carlos Teixeira de Campos.
Eu tinha um longo feriado e um final de semana inteiro para viver. E foi minha “viagem” – como diria Márzia Figueira ( quando a jornalista encontrava com a cronista).
Doutor Moysés, faz referencia ao Livro A ARVORE DA MATA, 1979, de Carlos Teixeira de Campos, quando o Desembargador o homenageava com um soneto às páginas 52. E Eu?
O mundo espiritual me fez merecedor da Cadeira 11 da Academia Iunense de Letras. O Patrono da Cadeira 11 é Carlos Teixeira de Campos.
Aí, fui reler A ARVORA DA MATA. E fui reler “Carlos Teixeira de Campos – Vivencia, Grandeza, Resplendor”, de Theomar Jones, 1998, prefaciado pelo (meu) admirado Mestre Renato Pacheco.
Pois bem, lá, às páginas 19, Theomar faz a referencia que Carlos Teixeira de Campos – então Orador -, fez a Virginia Tamanini, quando a mesma ingressou na AEL. Uma quadrinha inteira, deixando claro, transparente, que a obra de Virginia era a trajetória dos imigrantes, desde sua infância.
Matusalém, Virginia Tamanini, José Moysés, Theomar Jones, Carlos Teixeira de Campos, Coleção Roberto Almada...Muita coincidência? Pois é.
Por incrível que pareça, domingo frio, em clima típico do Caparaó – que tanto nos tem feito falta. Tem feito é calor, abafante, estressante, prá fazer fila em posto de saúde e psiquiatria.
Mas, vamos de petróleo, porque o capitalismo não tem volta.
O longo feriado foi-se. Agora, é encarar o dia a dia da semana. Sobrevivi.
Quem foi para as praias está voltando. Descansados? Novos? Os carros dizem que sim.
Certamente voltarei aos livros que Matusalém me presenteou.
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