quinta-feira, 28 de maio de 2009

OS LIVRINHOS

OS LIVRINHOS

Roner Braga Padilha
28.02.2008-02-28


Estava há tempos sem um bom motivo para escrever. Há procura da não redundância ou de apenas rebater a crítica da mídia.
O gostoso, foi sentir a motivação ir crescendo, no vai e vem de decisões individuais – dos outros, ora econômicas, ora de tempo, alguns até por falta de motivação, acredito.
Falo da coleção de livrinhos “AMPHILÓPHIO DE OLIVEIRA”, que num movimento ousado, inédito, corajoso, de puro idealismo, a Academia Iunense de Letras resolveu abraçar. Pensou em 2007, planejou para 2008, junto com outras iniciativas, incluindo a entrega do Diploma dos Acadêmicos.
E chega de lero-lero porque quero falar é dos fatos humanos que vivenciei, com que me envolvi e até me humanizei, pois atingiram minhas próprias lembranças e andanças pelo planeta Terra. E as fofocas, claro.
A questão financeira parecia superada na reunião onde a empolgação e euforia de sempre, superou a razão; todos os presentes iriam pagar e publicar seus livrinhos. Eu seria o receptor dos originais dos sonhos e lembranças, com a difícil e quase impossível tarefa de “dar uma olhadinha, prá ver se táva tudo certo, tudo legal”. Leia-se fazer correções. Cruz credo! Passei longe e passei perto! No máximo colocar uma letra perneta que faltava alhures?
Tempo correndo e nada. Ninguém escancarava o ar da graça ou dava pelo menos um alo dizendo: “-Tô escrevendo! Tá no forno! Tá indo!”. Nada!!!. Sumiu todo mundo, misturados ao natal, ano novo e carnaval. Sim senhor e senhora. E depois? Nada!!! Só os abnegados (meia-dúzia de dois ou três).
Mas o milagre veio. Quem não ia fazer por falta de tempo, foi o primeiro a entregar e a ficar lambendo a própria cria.
E num conta gotas enervante, veio caindo do céu os livrinhos que seriam publicados.
Li um a um.
Tive o privilégio de ver obra e o autor, no tempo e no espaço, com suas verdades, seus sonhos, histórias e fantasias. Todos os livrinhos me emocionaram, me fizeram refletir e, espero, crescer como pessoa, fruto dessa experiência ímpar.
Entregá-los na gráfica, esperar as provas, as mudanças que o autor resolveu na hora que já não existia (última hora?), e o que faltava na coleção veio na manhã seguinte (veio?). Tudo aprendizado. O inesperado (que só tem graça se vira estória depois). Na hora, o inesperado é de lascar.
Livrinhos prontos e entregues. Agora criam asas, pneus, pernas, mãos, estafetas, têm o direito de andarem por aí contando um pouco de cada um de nós.
Literatura Iunense, sim senhor e senhora. Uma obra coletiva.
História da Academia Iunense de Letras.

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