MEUS DINOSSAUROS
by roner braga padilha
Novembro de 2008
Tenho dinossauros no quintal. Sim!!!
Manja aquelas lagartixas grandes, de cores escuras, sombreadas e com tons de verde ou cinza, dependendo do humor do bicho? Pois é. São minhas (ou minhos?) companheiros (as).
Os bichos são canibais... Quer dizer: comem grilos, borboletas, baratas (só as cabeças), abelhas, mosquitos, tudo que voa ou der bobeira rastejando e tiver proteína...
E comem eles mesmos!
É, os bichos, na hora do “vamo vê”, travam uma luta entre os machos e perde quem correr primeiro ou, literalmente, perder o rabo...Na mordida. É mole?
É demorado nascer de novo. Demora, mas nasce e com coloração diferente. O rabo do dinossauro perdedor estará sempre com uma coloração esbranquiçada.
E o vencedor? Vira um “bitelão”. E manda nos limites de seu território, no caso, meu quintal.
Tenho dois perdedores que estão vivos, têm território restrito para caça, e passam sempre ao largo do bitelão. Mas, estão lá esperando sua morte. Sim, pois quanto maior e mais agressivo, mais próximo o bitelão está do final de seus dias.
E fica aquela cambada ali, subindo e descendo muros, voando ou saltando sobre borboletas e no telhado ou tomando sol... Imóveis.
Seguindo a lei da natureza.
Enquanto houver um bitelão, a vida segue normal. Mas todo mundo querendo a vez de ocupar o posto de manda-chuva de plantão.
Assim que o bitelão morre (e aí tem um mistério; ninguém acha sua carcaça, se a morte for natural), começa a guerra pelo comando. E a luta, recomeça com quem já perdeu o rabo, e, os novos atores, filhotes, que foram crescendo enquanto seus instintos os preparavam para a luta e não eram incomodados, por serem filhotes.
Vida interessante a deles, marcada pelo botão liga-desliga da natureza.
Se forem machos, nascem, crescem, brigam para virar bitelão, procriam então e depois, morrem.
Se são fêmeas, nascem, crescem, chega a hora do vamo vê, procriam, não amamentam, não alimentam e...morrem...
Vida de dinossauro...Vida de lagartixas.
Vai entender...
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